ABATERJ - voltada para a valorização pessoal

Notícias

Associados participam de passeio cultural!

O passeio pela Pequena África proporcionou aos associados da ABATERJ uma imersão histórica e cultural nas raízes africanas que marcaram profundamente a história do Brasil. Sob a orientação da historiadora e servidora do TJRJ, Tatiana Brandão, o grupo teve a oportunidade de conhecer diversos pontos significativos desse importante roteiro, resgatando memórias e valorizando a herança afro-brasileira presente na cidade.

A jornada teve início na Praça Mauá, um ponto central da região portuária da cidade. O Morro da Conceição foi o primeiro destino, e lá, a majestosa Igreja de São Francisco da Prainha os recebeu com sua arquitetura histórica e suas histórias de devoção e resistência.

O tour seguiu com visita à Escola Padre Doutor Francisco da Motta, um espaço educacional relevante na história da Pequena África. Em seguida, fomos ao Beco João Inácio, local onde viveu Hilário de Jovino, conhecido como o primeiro mestre-sala e uma das grandes figuras do carnaval e da cultura popular carioca. Ele foi homenageado com um lindo mural artístico retratando os Ranchos do bairro da Saúde.

A descida levou o grupo à estátua de Mercedes Batista, a primeira bailarina negra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A Pedra do Sal foi o próximo ponto de parada, destacando-se como um local cultural relevante no Rio de Janeiro, recheado de histórias e manifestações artísticas que remontam ao passado escravocrata.

Subindo novamente o Morro da Conceição, os associados puderam conhecer a Casa Omolokum, um restaurante de comida africana que representa a gastronomia que é parte da resistencia daquele povo.

Os Jardins Suspensos do Valongo, projetados pelo arquiteto-paisagista Luis Rey e construídos em 1906, durante as obras do prefeito Pereira Passos, como parte de um muro de contenção, é um local marcante no passeio, onde história e natureza se unem de forma surpreendente. Em seguida, o Cais do Valongo/Cais da Imperatriz trouxe à tona a importância desse local na história da escravidão e do tráfico negreiro, ressaltando a trajetória dolorosa e de luta pela liberdade dos africanos trazidos para o Brasil.

A praça da Harmonia, palco da Revolta das Vacinas em 1904 (varíola), trouxe aos associados um mergulho em um importante episódio da história sanitária do país, marcado também por questões sociais e políticas. Finalizando o roteiro, o grupo visitou o Cemitério Pretos Novos, local arqueológico de grande significado, onde foram sepultados centenas de escravos recém-chegados ao Brasil. Ao observarem de perto os restos mortais desses antepassados, os associados foram convidados a refletir sobre a importância de valorizar e preservar a memória daqueles que construíram o país com seu suor e sangue, contribuindo para a formação da cultura brasileira.

Com a bagagem repleta de conhecimento e emoções, os participantes encerraram o passeio com a certeza de que a história da Pequena África deve ser contada e compartilhada, para que as futuras gerações possam compreender e valorizar a riqueza cultural advinda da herança africana que permeia o Rio de Janeiro e todo o Brasil.

Agradecemos imensamente à historiadora Tatiana Brandão por guiar nossos associados e compartilhar seu vasto conhecimento sobre a Pequena África. Sua dedicação em preservar a herança afro-brasileira é inspiradora. O passeio foi inesquecível e fortaleceu nosso compromisso com a igualdade e a valorização da diversidade em nossa sociedade.